Após a quarta queda consecutiva, índice atingiu menor nível desde abril de 2009. Foto: Divulgação
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas recuou 0,7% entre maio e junho, considerando-se dados com ajuste sazonal. Após a quarta queda consecutiva, o índice atingiu o menor nível desde abril de 2009 (103,5 pontos).
Houve suavização na intensidade da queda na comparação com as variações de -3,1% em abril e -5,7% em maio. Apesar disso, o recuo de junho foi bastante disseminado: houve diminuição do ICSem oito das doze atividades pesquisadas.
A piora do ICS de junho foi determinada pela redução de 1,5% no Índice da Situação Atual (ISA-S) – quarto recuo consecutivo – uma vez que pelo lado das expectativas observou-se uma virtual estabilização do índice (-0,2%).
Entre os componentes do ISA-S, o indicador de Volume de Demanda Atual recuou 1,9% frente a maio, com o aumento da proporção de empresas que avaliam o volume atual como forte – de 10,8% para 12,3% do total – sendo insuficiente para compensar o aumento da parcela que o considera fraco, de 25,9% para 29,0%. O indicador Situação Atual dos Negócios recuou 1,1%, com a proporção de empresas que avaliam a situação dos negócios como boa passando de 22,2% para 24,0% e a de empresas que avaliam esse aspecto como ruim saindo de 21,0% para 23,9%.
O resultado do IE-S entre maio e junho foi determinado pela redução do indicador de Demanda Prevista (-1,3%), já que o indicador de Tendência dos Negócios aumentou 0,8%. A proporção de empresas prevendo aumento da demanda caiu de 33,6% para 31,9% e houve certa estabilidade na parcela daquelas prevendo demanda menor, que passou de 14,0% para 13,8%. A proporção de empresas esperando melhora da situação dos negócios avançou de 33,2% para 33,6% e das que esperam uma piora recuou de 11,8% para 11,2%.
O resultado de junho mostra um quadro desfavorável para o setor no segundo trimestre, embora haja uma suavização na tendência declinante do indicador em junho. Prevalece a percepção de um cenário de deterioração no ritmo de negócios, embora a ligeira alta do Indicador de Tendência dos Negócios nos seis meses seguintes tenha sido um sinal favorável depois de alguns meses de expectativas em queda. (FGV/Ibre)
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