30 jul 2014

Indústria mostra propostas a candidatos ao governo

industria linha de montagem

Impostos elevados, custo de trabalho e previdência social estão entre as questões abordadas. Foto: Divulgação

Os impostos elevam em 10,6% o valor de um investimento no Brasil. O custo com a força de trabalho subiu 58% desde 1996. O país gasta com a Previdência Social a mesma proporção do Produto Interno Bruto (PIB) que os Estados Unidos, onde a população idosa é duas vezes e meia superior à brasileira. Esses são exemplos de custos que atrapalham a competitividade do produto nacional e que serão debatidos com os candidatos à Presidência nesta quarta-feira, dia 30, em Brasília, com a participação do presidente da Fiesc, Glauco José Côrte.

Além de reduzir os custos, o país precisa atuar em outras áreas para enfrentar a concorrência estrangeira. Entre as ações estão a revisão da política de gás natural, o aperfeiçoamento da política de concessões em infraestrutura e a mudança dos currículos dos cursos de engenharia. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentará as propostas do setor aos candidatos no evento Diálogo da Indústria com Candidatos à Presidência da República, que será realizado entre 10h e 16h30 na sede da CNI, em Brasília.

Santa Catarina: A Fiesc, além de participar do evento em Brasília, realiza no dia 8 de agosto, a partir das 10h, painel com os três principais candidatos ao governo do Estado, na sede da entidade, em Florianópolis. Cada candidato terá quinze minutos para apresentar suas proposições. Depois, cada um responderá a cinco perguntas da plateia, que será formada por empresários da indústria. A ordem das apresentações foi definida por sorteio: Raimundo Colombo, Paulo Bauer e Cláudio Vignati. No painel, a Fiesc apresentará a Carta da Indústria, com as demandas do setor, elencadas a partir de pesquisa com industriais e a partir do trabalho realizado por meio dos diversos fóruns de discussão da Federação.

Debate em Brasília: O encontro desta quarta-feira, dia 30, coordenado pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, terá a participação da presidente Dilma Rousseff (PT), que concorre à reeleição, e dos candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Cada um terá um tempo de 1h25 para ouvir as prioridades da indústria, apresentar suas propostas e responder às perguntas dos empresários.

O evento, que terá a presença de mais de 700 empresários de todo o país, será pautado pelos 42 estudos que a CNI organizou com a ajuda de líderes empresariais, especialistas e representantes das associações e federações da indústria. Reunidos no documento Propostas da Indústria para as Eleições 2014, os estudos traçam diagnósticos do cenário atual e trazem propostas de melhoria do ambiente de negócios brasileiro.

“Ao apresentar esse conjunto de propostas aos candidatos, pretendemos ajudar o país a ampliar a capacidade de crescimento”, afirma o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes. Segundo ele, a reforma tributária é uma das prioridades da agenda para o Brasil crescer mais e melhor. “Há muitas distorções no sistema tributário, e a principal é a cumulatividade dos impostos que encarecem o produto brasileiro e tiram a competitividade do país.”

Desde a eleição de 1994, a CNI entrega propostas aos candidatos à Presidência. Os 42 estudos da CNI, que serão disponibilizados no site especial Propostas da Indústria para as Eleições 2014, foram construídos com base nas diretrizes do Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022, que estabelece as ações necessárias para fazer o Brasil crescer mais e melhor na década. Assim como o Mapa, as propostas aos presidenciáveis são divididas em dez fatores-chave: educação; ambiente macroeconômico; eficiência do Estado; segurança jurídica e burocracia; desenvolvimento de mercados; relações de trabalho; financiamento; infraestrutura; tributação; inovação e produtividade.

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Via: economiasc.com.br