Pagamentos atrasados, saldo no vermelho e dívidas que se acumulam até formar uma bola de neve. A situação parece familiar? Manter ascontas de casa em dia exige disciplina, organização, planejamento e uma pitada de esforço. Você está pronto para ser recompensado?
Abandone os maus hábitos
Você já deve ter lido diversas recomendações sobre o que fazer para manter as contas em dia, mas entre a teoria e a prática, há um caminho nem sempre fácil. Se adotar boas atitudes parece difícil, que tal começar eliminandomaus hábitos financeiros da sua rotina?
De acordo com o educador financeiro José Vignoli, do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), é importante lembrar que comprar não pode ser confundido com terapia. “A primeira coisa a não fazer é comprar por impulso ou sem precisar”, diz Vignoli, é importante saber que atitudes evitar para não complicar mais as finanças.
Um levantamento divulgado recentemente e realizado em todas as capitais e no interior do país pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostrou que mais de um terço (36,3%) das pessoas entrevistadas compra para aliviar o estresse.
O número é maior entre mulheres (43,7%) e consumidores das classes A e B (40,2%). Quase a metade (47,7%) admite comprar para se sentir bem. Outro dado diz que três em cada dez (29,5%) consumidores dizem que comprar melhora o humor e 24,5% confessam comprar quando se sentem deprimidos.
Como cuidar das contas de casa
Quer manter as contas e casa no azul? Confira as dicas de Vignoli, que elenca cinco atitudes ruins na gestão do dinheiro. Segundo ele, ao adotar esses maus hábitos, sua vida financeira caminha para o descontrole completo.
1. Viver sem planejar
É preciso fazer um planejamento para o futuro. Se você não planejar, não se organiza, e em situações de crise, pode ficar sem reservas.
2. Fugir dos extratos bancários
Não acompanhar o extrato bancário é um grande erro. Esse monitoramento deve ser voltado à evolução permanente de seus gastos e não apenas quando o limite estoura e o banco nega o saque.
Quando a crise financeira está instalada, a opção às pressas por um empréstimo prejudica a correta análise da melhor taxa e da real necessidade daquele crédito. Caso tivesse acompanhado os gastos antes, poderia ir freando o consumo conforme fosse observando o saldo.
3. Usar créditos sem precisar
As alternativas de crédito existem para serem utilizadas em caso de necessidade. É errado recorrer a elas apenas pela facilidade em ter dinheiro na mão. Esse tipo de conduta só gera uma dívida a mais.
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4. Aceitar tudo o que oferecem
As ofertas são tentadoras, mas não aceite tudo o que oferecem, mesmo que a promoção pareça boa. Pense se você realmente precisa e se é o momento de comprar.
5. Achar que tudo é fácil
Não pense que tudo é fácil: se você tiver se endividado, apenas pegar um empréstimo para pagar a dívida pode só aumentar o problema. É preciso diagnosticar o motivo do endividamento para não acontecer de novo e mudar a postura. Senão, acontece novamente. “É como tomar um remédio para a dor e não atacar a causa”, explica Vignoli.
Fonte: CNDL