08 out 2014

O mercado das marcas próprias

Flexicotton, Etienne Gruhier

Por Etienne Gruhier*

A alta da inflação próxima a 6,5% causa uma mudança nos hábitos de consumo e nos negócios de varejo. O consumidor brasileiro tem aderido, cada vez mais, aos produtos que levam a marca da empresa, que geralmente apresentam custos mais atrativos. De acordo com pesquisas da Nielsen Scantrack YTD, estima-se que em 40% dos lares brasileiros, ou seja, mais de 22 milhões de casas, as pessoas tenham optado por produtos de marcas próprias, o que representa a entrada em pelo menos três vezes aos pontos de vendas deste segmento. De olho nestes dados e para fidelizar clientes – sobretudo da classe C, D e E -, as empresas começaram a abrir espaço para as “private labels” em supermercados e lojas em todo o país.

Produzidas sob encomenda para as redes varejistas e com pouco gasto de marketing, esses produtos tendem a ter preços menores e, por isso, surgem como opção para salvar o bolso do consumidor. Atraídos primeiramente pelo valor, o cliente passa a comprar em volumes maiores e usando os varejistas como referência para futuras compras.

Para tanto é necessário, na outra ponta, empresas que possam atender este segmento e driblar a desaceleração da atividade econômica. É focada neste segmento que a líder na fabricação de produtos de higiene pessoal à base de algodão do Brasil, Flexicotton, atua. A empresa, atenta a esse novo perfil de comportamento, já viu os números de seu faturamento aumentar.

Atualmente, de toda a produção anual da Flexicotton – estimada em 68 milhões de itens de higiene pessoal – 20% é voltada para a Bellacotton (marca da indústria) e 80% para as marcas próprias de varejistas e supermercadistas. Entre os clientes estão Carrefour, Cremer, Panvel e Walmart. O grande alvo da empresa é atingir cada vez mais as redes com uma linha completa de produtos de marca própria.

Os varejistas, juntamente com fabricantes, podem criar os melhores produtos que respondam às expectativas e necessidades do consumidor, desde que invistam em programas de marca própria com recursos, espaço de prateleira, apoio de merchandising e, principalmente, compromisso com a inovação.

*Etienne Gruhier é gerente comercial e sócio da Flexicotton

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Via: economiasc.com.br