Ao todo, oito comunidades indígenas podem sofrer intervenção por causa do traçado, sendo que a comunidade mais próxima ao trecho fica a 3,3 quilômetros. Foto: Divulgação
Embora as máquinas estejam no local desde o dia 29 de maio, pouco se fez pela obra que deve desviar 18 mil veículos pesados por dia nos trechos São José, Biguaçu e Palhoça da BR-101. Membros do Conselho Metropolitano para o Desenvolvimento da Grande Florianópolis (Comdes) se reuniram na última sexta-feira, dia 5, na sede da Associação Catarinense de Engenheiros, em Coqueiros, e discutiram o andamento dos trabalhos.
Ao todo, oito comunidades indígenas podem sofrer intervenção por causa do traçado, sendo que a comunidade mais próxima ao trecho fica a 3,3 quilômetros. E a cena mais esperada dos últimos capítulos dessa trama tinha como protagonista a Fundação Nacional do Índio (Funai), que deveria ter apresentado seu parecer sobre o estudo de componente indígena, essencial para obter a licença de instalação nos trechos de Biguaçu e Palhoça, no último sábado, dia 6. Questionado sobre a posição, o assessor de comunicação da Fundação, Nuno Nunes, disse não saber de nenhuma decisão.
De outro lado está a ANTT, que não respondeu ainda os ofícios protocolados em julho deste ano, que questionam sobre o andamento das indenizações de toda a Alça de Contorno (separadas por municípios) e sobre a possível alteração de traçado no município de Palhoça e os possíveis impactos sobre as licenças e os prazos da obra.
Zena Becker, supervisora do grupo de trabalho mobilidade urbana do Comdes, afirma que o Conselho precisa criar uma estratégia bem pensada para que a licença de instalação enfim saia. “Vamos continuar acompanhando o cronograma das obras e cobrar o governo para que a obra alavanque. Os trabalhos estão muito atrasados”, afirma.
O proprietário da Cottonbaby, Nelson Silveira, integrante do grupo de trabalho mobilidade urbana do Comdes declara sobre a situação da Alça de Contorno. “Até agora, pouco foi feito. A Autopista Litoral Sul afirma que as indenizações das casas que passam pelos trechos estão acertadas, mas a verdade é que faltam muitas a serem resolvidas ainda”, revela.
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Via: economiasc.com.br