Um levantamento feito em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise Pesquisas, mostra que o combate ao desemprego (44%) e a vacina para o coronavírus (42%) foram apontados pelos consumidores brasileiros como prioridades do governo para que o desenvolvimento econômico do país seja retomado este ano. O ranking de temas que merecem a atenção em 2021 é seguido por saúde pública (38%) e educação (34%).
Na opinião dos entrevistados, a maior expectativa de melhorias para o Brasil é em relação ao aumento das oportunidades de emprego (36%) e aumento da concessão de crédito (35%). Por outro lado, é esperado um aumento da inflação (41%, com aumento de 20 p.p. em relação a 2019), aumento da inadimplência (41%, aumento de 18,5 p.p. em relação a 2019) e aumento da pobreza e da desigualdade social (36%).
Com relação ao momento atual, três em cada dez (29%) acreditam que a economia está retomando o crescimento, seja de forma lenta (24%) ou acelerada (5%). Já para metade dos entrevistados (50%), a economia ainda não retomou o crescimento, sendo que 26% acreditam que isso irá acontecer em breve, e 24% que ainda vai demorar para acontecer. Por fim, 16% acreditam que a economia esteja piorando.
O presidente da CNDL, José César da Costa, destaca a importância da vacinação em massa da população para o processo de retomada econômica e de geração de empregos no país. “O desemprego elevado é sem sombra de dúvidas um dos grandes desafios a serem enfrentados pelo país agora em 2021, o que se agrava diante de um cenário de pandemia, economia pouco aquecida e situação fiscal preocupante”, diz José César. “Mais do que solução definitiva no combate à doença, a vacinação vai representar a retomada das atividades econômicas. Somente com a população imunizada será possível reaver as atividades do dia a dia da população, a dinamização do consumo e a geração de empregos no país”, afirma Costa.
Maioria
A pandemia da Covid-19 trouxe um cenário de insegurança e incertezas para a população. De acordo com o levantamento, 39% dos entrevistados afirmam estar pessimistas ou muito pessimistas quanto à adoção de medidas pelo governo que incentivem o desenvolvimento do país, 28% não estão otimistas nem pessimistas, e 27% estão otimistas ou muito otimistas.
Quanto ao desempenho do governo federal, a maioria dos entrevistados (29%) considera como ‘Boa’ a atuação com relação às medidas de auxílio à população frente à pandemia. Já as ações junto a educação (31%), saúde (29%), combate à pandemia (29%) e medidas de auxílio às empresas devido ao coronavírus (36%) foi considerada ‘Regular’ pela maioria. Com relação aos impostos (34%) e taxa de juros (33%), a maioria dos entrevistados consideram que a atuação do governo foi ‘Péssima’.