Após mais de 30 dias de isolamento social, a primeira semana de reabertura do comércio de rua sinalizou aos lojistas um pequeno recuo nas perdas em volume de vendas. “Embora distante do melhor cenário, o reencontro com os clientes já se mostra essencial para a nossa recuperação. A reaproximação com o consumidor garante às lojas melhor faturamento, em especial àquelas que recebem os pagamentos das prestações em carnês”, explica Ivan Tauffer, presidente da Federação das CDLs de Santa Catarina (FCDL/SC).
Para avaliar o impacto da crise e seus reflexos, a Federação elaborou um levantamento entre seus associados, abordando questões relativas ao quadro de funcionários, faturamento, expectativas, soluções econômicas e outros temas. Dos entrevistados, 40,2% revelaram que tiveram perdas financeiras superiores a 50%, enquanto 31,5% registraram entre 21 a 50%.
O levantamento indicou que 23,9% dos lojistas entrevistados já realizaram alguma demissão, em um total de 836 funcionários desligados durante o período de isolamento social. Para 37,7% dos empresários consultados existe a previsão de reduzir ainda mais o número de empregados nos próximos 90 dias. “Os lojistas, em especial os de médio e pequeno porte, estão se sacrificando para evitar novas demissões”, informou Tauffer.
Em relação ao futuro de seus negócios, 40,5% estimam queda no faturamento entre R$ 10 mil a R$ 30 mil nos próximos três meses, enquanto 35,2% apontam entre R$ 30 e R$ 100 mil. Na atual condição restritiva, 35,7% das empresas garantem manter-se por mais três meses, enquanto 26,8% por apenas um mês. Do total de consultados, 81,6% acreditam que a economia voltará a crescer após o período de um ano e 59,7% indicaram que precisarão recorrer a empréstimos bancários para equilibrar suas contas.
O levantamento foi realizado entre 14 e 17 de abril, com 2.179 lojistas associados às CDLS, de diversos setores, como confecções, calçados, materiais de construção, serviços e indústria.