Isabel Baggio, da Amcred-SC, e Rodrigo Herval Moriguti, do Badesc, no 6º Fórum Banco Central sobre Inclusão Financeira. Foto: Álvaro De Maria/FotoCongresso/Divulgação
O Estado de Santa Catarina foi pioneiro na implantação de um modelo de microcrédito que tem como um dos fatores de sucesso a capilaridade de atendimento, em 100% dos municípios. Agora, o Estado está novamente na vanguarda, com a adoção de dois mecanismos que serão determinantes para o incremento do sistema: a Lei 16.474, sancionada em outubro passado criando o Programa de Microfinanças e instituindo o fundo garantidor, e a implantação da central de risco, para avaliar o potencial de endividamento dos microempreendedores, que está em fase de testes.
“Esses dois mecanismos – fundo garantidor e central de risco – foram citados várias vezes pelas autoridades do Banco Central como essenciais para o fortalecimento e expansão do microcrédito e nós já estamos trabalhando nisso”, afirma Isabel Baggio, presidente da Associação das Organizações de Microcrédito e Microfinanças (Amcred-SC).
O trabalho agora será de articulação para conseguir o aporte de recursos necessários para o fundo garantidor, incluindo parcerias com entidades internacionais de fomento. O Badesc está autorizado a fazer um aporte de R$ 2 milhões, mas esses recursos não serão liberados de uma única vez. “E sempre haverá uma contrapartida da instituição financiadora que fará uso do fundo”, explica Rodrigo Herval Moriguti, gerente de operações especiais do Badesc. Isabel Baggio estima que, com o fundo, a carteira de ativos, atualmente em R$ 191 milhões, poderá dobrar nos próximos cinco anos.
Já a central de riscos está em testes em duas Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCPIs) ligadas à Amcred-SC, o Banco da Família, de Lages, e a PóloCred. A central deve começar a operar no primeiro semestre de 2015, enquanto que o fundo garantidor deve ser disponibilizado a partir do segundo semestre do próximo ano.
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Via: economiasc.com.br