Diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo (esq.) divulga boletim regional. Foto: Giovana Kindlein
Giovana Kindlein
A economia de Santa Catarina vem crescendo mais do que a da Região Sul, disse nesta terça-feira, dia 18, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, durante divulgação dos dados do Boletim Regional do BC, em Florianópolis, onde está sendo realizado o VI Fórum Banco Central de Inclusão Financeira. “Santa Catarina tem apresentado taxas de expansão superiores à do Brasil nos últimos 10 anos”, afirmou.
De acordo com o boletim divulgado, o PIB (Produto Interno Bruto) do Estado atingiu R$ 169,1 bilhões em 2011, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O indicador correspondeu, em média, a 4,0% do PIB nacional e a 23,8% do PIB do Sul, no período 2002/2011. Em termos reais, o PIB catarinense cresceu, em média, 3,3% a.a. de 2002 a 2010, ante aumentos de 3,3% a.a. no Sul e de 4,0% a.a. no Brasil.
Conforme o boletim do BC, o desempenho da economia catarinense refletiu aumentos médios anuais de 4,1% na produção agropecuária; de 3,8% no setor de serviços e de 1,9% na indústria, com destaque para a extrativa mineral de 4,7%, e construção, 4,3%.
Ainda, segundo o diretor de Política Econômica do BC, a participação da agropecuária no PIB de Santa Catarina recuou 3 p.p. de 2002 a 2011. Em contrapartida, as participações da indústria e do setor de serviços aumentaram 1,7 p.p. e 1,3 p.p., respectivamente. Na margem, em 2011, as participações da agropecuária, da indústria, e dos serviços no PIB do Estado atingiram 6,0%, 35,1% e 59,0%, respectivamente (5,5%, 27,5% e 67,0%, na mesma ordem, no país).
O comércio varejista do Estado cresceu, em média, 6,2% a.a. de 2004 a 2013 (5,6% a.a. no Sul e 7,3% a.a. no país) de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE. Destacaram-se os aumentos médios anuais das vendas nos segmentos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,0%), combustíveis e lubrificantes(3,7%) e móveis e eletrodomésticos (6,1%), segmentos que, em conjunto, representaram 82,9% da atividade varejista estadual.
No conceito ampliado, o comércio cresceu 7,2% a.a. no período (6,9% a.a. no Sul e 8,1% a.a. no Brasil), com elevações médias anuais de 9,0% nas vendas de automóveis, motocicletas, partes e peças, e de 7,1% nas de materiais de construção, que detém pesos respectivos de 40,0% e 9,7% no indicador.
A atividade industrial do estado se concentra na produção de produtos alimentícios (participação de 17,5%), artigos do vestuário e acessórios (10,7%) e produtos têxteis (7,0%), conforme a Pesquisa
A produção industrial cresceu, em média, 0,3% a.a. de 2003 a 2014 (3,0% no acumulado, ante 10,1% no Sul e 23,3% no Brasil), destacando-se o aumento médio de 2,5% a.a. na atividade celulose, papel e produtos de papel, e recuos nos setores têxtil (2,3% a.a.) e vestuário e acessórios (2,8% a.a.). As importações de bens têxteis, e de vestuário e acessórios aumentaram 40,1% e 67,9%, respectivamente, de 2003 a 2013, de acordo com o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
A produção da indústria de vestuário e acessórios voltou a recuar nos oito primeiros meses de 2014, em relação a igual período do ano passado, ao mesmo tempo em que as importações nesse segmento aumentaram 10,8%. Na margem, conforme Araújo, a produção da indústria catarinense diminuiu 2,6%, no trimestre finalizado em agosto, em relação ao terminado em maio, quando expandiu 2,5%. Houve recuos da produção na metalurgia (12,7%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (7,4%) e borracha e plástico (5,4%).
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Via: economiasc.com.br