01 jul 2014

Sul define ações para certificação internacional

O encontro foi realizado em Florianópolis e contou com a presença dos secretários da Agricultura e os representantes da área de defesa sanitária de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Foto: Divulgação

O encontro foi realizado em Florianópolis e contou com a presença dos secretários da Agricultura e os representantes da área de defesa sanitária de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Foto: Divulgação

Representantes dos Estados do Paraná, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina definiram nesta segunda-feira, dia 30, as ações conjuntas a serem realizadas para conquista de certificação junto a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona livre de peste suína clássica. Esta é a primeira vez que os países, ou áreas dentro de países, serão certificados pela OIE como livres da doença e isso poderá ser um diferencial na conquista de novos mercados para carne suína. O encontro foi realizado em Florianópolis e contou com a presença dos secretários da Agricultura e os representantes da área de defesa sanitária de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná.

Durante a reunião foram apresentadas as ações de cada estado no controle e erradicação da peste suína clássica, assim como a realidade do setor e os números de produção. Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul são responsáveis por 63% da produção e de 61% da exportação de carne suína do país, e o reconhecimento internacional poderá favorecer o acesso do produto aos mercados mais competitivos do mundo. O pedido deverá ser entregue ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) até setembro deste ano para que possa ser avaliado pela Organização Mundial de Saúde Animal até maio de 2015. Segundo o secretário da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, Airton Spies, será criado um grupo de trabalho formado por técnicos do setor público e privado para que todos os requisitos sejam preenchidos. O grupo deverá ser definido durante o encontro regional sul do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa) em Florianópolis no dia 14 deste mês.

Os estados do sul deverão comprovar não só que estão livres da doença, mas também deverão cumprir uma série de procedimentos que garantam a sanidade dos rebanhos.

Em 2010, a região sul junto com mais 12 estados foi declarada como área livre da doença pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), porém, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul são livres da doença desde 1994. Atualmente o país possui 16 estados como área livre de peste suína clássica.

Hoje Santa Catarina mantém um rigoroso controle das doenças animais e é reconhecido como área livre de febre aftosa sem vacinação, livre de peste suína clássica e africana, enquanto as demais enfermidades estão controladas. Santa Catarina realiza um controle sanitário muito eficiente através da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), com a participação dos criadores. De acordo com o presidente da Cidasc, Enori Barbieri, o Governo do Estado investe anualmente R$ 200 milhões em defesa sanitária, e a Companhia mantém 63 barreiras sanitárias fixas nas divisas com Paraná, Rio Grande do Sul e Argentina que controla a entrada e a saída de produtos agropecuários.

Atualmente a OIE certifica seis enfermidades, das quais o Brasil já obteve o reconhecimento como área livre de febre aftosa com vacinação para 23 estados, sem contar Santa Catarina que é o único estado brasileiro livre da doença sem vacinação; área livre da peste dos pequenos ruminantes e risco insignificante para a encefalopatia espongiforme bovina (vaca louca).

Santa Catarina é o maior produtor e exportador nacional de carne suína, conta com 12 mil criadores integrados às agroindústrias e independentes e produz anualmente cerca de 820 mil toneladas de carne suína, o que representa um abate de nove milhões de cabeças, além da comercialização de 1,5 milhão de suínos para abate em outros estados. As exportações de carne suína catarinense mantém um nível de 150 mil toneladas anuais, sendo o restante da produção consumida nos demais estados.

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Via: economiasc.com.br