10 jun 2014

Tesouro direto é opção para investidor iniciante

investimento

Títulos do governo são rentáveis e oferecem baixo risco, veja como aplicar. Foto: Divulgação

“Nunca imaginei que isso pudesse acontecer. Ganhei um dinheiro extra e garanti um Natal mais farto”, comemora. José Vignoli, educador financeiro do Portal Meu Bolso Feliz, e Luiz Rodrigues, economista-chefe do SPC Brasil, desvendam o Tesouro Direto:

“Para financiar os próprios gastos ou seus projetos, além de utilizar o valor arrecadado em impostos, o governo pega emprestado dinheiro das pessoas por meio da venda de títulos, que pagam juros, como o Tesouro Direto”, explica Luiza. Resumindo: você empresta dinheiro diretamente para o governo por meio da compra de vários títulos disponíveis e, futuramente, resgata esse valor com juros. E para quem ainda acha que apenas quem tem muito dinheiro pode se dar ao luxo de investir, a boa notícia: o Tesouro Direto permite investimento a partir de R$ 30, de curto, médio e longo prazo. E as transações são feitas pela internet. Ou seja, você nem precisa sair de casa.

A compra de títulos do governo por meio do Tesouro Direto é uma opção acessível para investidores iniciantes e de perfil conservador, que não querem se arriscar na bolsa, mas ao mesmo tempo preferem algo mais rentável que a poupança.

Invista sem riscos:

• Antes de pensar em colocar dinheiro nesse tipo de investimento, junte o equivalente a três vezes o seu salário e reserve esse dinheiro para uma emergência. Assim, se você ganha R$ 2.000 por mês, deve sempre ter R$ 6.000 na poupança, pronto para sacar a qualquer hora.

• Se, além desse fundo de emergências, você já conseguiu guardar R$ 3.000 e, além disso, consegue poupar R$ 200 por mês, talvez seja uma boa hora para começar a investir no Tesouro Direto. Nesse caso, os títulos do governo podem ser uma ótima opção, pois oferecem taxas que não seriam alcançáveis dentro do que os bancos ofertam para o pequeno investidor.

Títulos disponíveis

Entre os títulos à venda no site do Tesouro Direito estão: NTN-B Principal (Notas do Tesouro Nacional – Série B Principal), NTN-B (Notas do Tesouro Nacional – Série B), LFT (Letras Financeiras do Tesouro) e NTN-C (Notas do Tesouro Nacional – Série C). Porém, nem sempre todos eles são comercializados todos os dias. O governo oferece aqueles que lhe interessa naquele dia.

Diferença entre os títulos

Existem títulos com juros “pré-fixados” – quando já se sabe na hora da compra quanto você receberá de juros no vencimento do título – ou “pós-fixados”- aqueles em que você só saberá quanto ganhou no vencimento ou resgate do título. Nesse último caso, isso acontece porque, além dos juros, existe variação de um índice que pode ser IPCA (inflação), o IGPM (índice de preços) ou a SELIC (comportamento da taxa de juros).

Como receber os lucros

Os juros podem ser pagos no vencimento do título ou a cada seis meses. Esta última forma é conhecida como ”cupons semestrais de juros”. Existe a possibilidade de reaplicar automaticamente estes “cupons” recebidos.

O que considerar antes de comprar um título

Como o valor dos títulos variam, até o vencimento da aplicação o preço do título comprado pode subir ou descer. “Então, se você fizer o resgate antes do vencimento pode ter uma má surpresa e resgatar até menos do que você aplicou”, avalia Vignoli.

– A garantia é o governo, pois são títulos emitidos e garantidos por ele;

– Para o pequeno investidor essa é a única forma de ter um rendimento maior do que os oferecidos pelos bancos;

– Os prazos são longos, então aplique aquele recurso que possa ser resgatado lá na frente, de preferência no vencimento;

– Os juros pré-fixados podem não ser um bom negócio se as taxas de juro subirem. Prefira os pós-fixados, pelo menos até você conhecer melhor o mercado financeiro;

– Estude, pergunte e planeje. Não aplique através do Tesouro Direto antes de entender bem suas características.

Descubra qual o melhor tipo de investimento para seu caso:

Tesouro Direto x Poupança

O Tesouro Direto é a melhor opção para planos a longo prazo, pois rende mais do que as outras aplicações disponíveis para o pequeno e médio poupador. Já para quem precisa resgatar o dinheiro logo, a poupança é mais indicada. Afinal, é aquela reserva para qualquer emergência, além de ser isenta de impostos.

Tesouro Direto x Outras aplicações

Se bem planejada, a aplicação por meio do Tesouro Direto é mais vantajosa quando comparada a outros fundos e CDBs. Por que? Ela não tem taxa de administração e você consegue o rendimento sem descontos como acontece nos CDBs com rentabilidade atrelada ao CDI. Sobre os rendimentos dos títulos do Tesouro Direto incidem os impostos da mesma forma que nas outras aplicações. Ou seja, se você investir e sacar antes de seis meses, pagará 22,5% de impostos. Mas se investir por um prazo superior a 2 anos, a alíquota estará em 15%.

Passo a passo da aplicação:

1- Procure fontes de informação como o http://meubolsofeliz.com.br/estou-em-dia/tipos-de-investimento/titulos-publicos-via-tesouro-direto

2- Veja no site do seu banco a página (Home broker) que trata do Tesouro Direto. Para os clientes que buscam este tipo de aplicação, os bancos oferecem um serviço por meio de suas corretoras.

3- Preencha a ficha cadastral da corretora

4- Depois de analisada a sua ficha, o banco permitirá que se façam operações através de seu site

5- Haverá sempre a taxa de custódia da BM&FBovespa de 0,30% ao ano. E esteja atenta às taxas da corretora. Eles variam e, em alguns casos, podem nem ser cobrada.

Vale lembrar

– Uma regra sempre válida é: não concentre seus investimentos num único produto. A diversificação das aplicações deve levar em conta os diversos fatores da sua vida, como renda, compromissos assumidos e o tempo que falta para quitá-los, a educação de seus filhos.

– Não é uma renda pequena que impede um bom investimento. Tudo depende de planejamento, estudo, dedicação e persistência. O pensamento voltado para a tranquilidade no presente e uma vida tranquila no futuro deve ser seu guia nos investimentos e o Tesouro Direto pode estar em seus planos.

Vamos entender melhor o que é o ”Preço de um Título” e o que são os”cupons semestrais de juros” através de um exemplo comparativo do dia-a-dia.

Alguém comprou um apartamento por R$ 100 mil num prédio novo que tem uma loja no térreo.

Antes da loja ser ocupada, o apartamento foi alugado por R$ 10 mil por mês.

Pouco tempo depois uma famosa empresa de renome internacional ocupa a loja valorizando todo o prédio, inclusive o apartamento, que passou a valer R$ 120 mil.

Desta forma temos um apartamento que valorizou 20% (de 100 para 120) e um aluguel que continua em R$ 10 mil.

Depois de dois anos a famosa empresa de renome internacional desocupa a loja que passa a ser utilizada por um comércio de baixa qualidade, afinal a rua foi fechada para obras que vão demorar, o barulho é grande e a poeira maior ainda. O prédio passou a valer R$80 mil, mas o inquilino continuou lá e ainda pagando o aluguel de R$ 10 mil.

Entenda melhor

O preço do título é valor do apartamento, que pode subir ou cair conforme o comportamento da economia, e os juros dos cupons são os alugueis, que continuam a ser pagos da mesma forma que foram contratados.

O que queremos dizer com isso? Sua aplicação no Tesouro Direto tem que ser muito bem estudada e planejada, pois os prazos dos títulos podem ser muito longos e os preços dos papéis variarem (para mais ou para menos) durante este período, criando um descompasso entre rendimento esperado, o real e suas necessidades. Pode acontecer de na hora de você desaplicar ser surpreendido com uma desvalorização do título o que pode levar os juros ganhos a não compensarem esta queda. Você pode até perder dinheiro.

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Via: economiasc.com.br