*José Roberto Cruz
A violência na região cresce de forma acelerada e sem controle. A comunidade assiste atônita à escalada da criminalidade e à ousadia dos bandidos, uma vez que se tornam cada vez mais corriqueiros os assaltos e furtos a estabelecimentos comerciais e residências, crimes com motivações pessoais ou sem sentido em Balneário Camboriú e Camboriú, só para citar duas cidades que têm influência direta no nosso dia a dia.
A impressão que nos dá é que falta vontade política e, principalmente, entrosamento entre as forças de segurança. Não é preciso ser especialista para perceber que hoje cada uma destas forças de segurança faz a sua parte de forma individualizada, sem qualquer tipo de entrosamento e troca de informações, e nem sempre o resultado é o esperado pela população, que está com medo de sair às rua e ser a próxima vítima.
Estamos no meio de uma encruzilhada, onde fica difícil dizer se faltam policiais nas ruas ou falta entrosamento entre as forças de segurança. Se analisarmos sem base científica as estatísticas da criminalidade em Balneário Camboriú, por exemplo, fica evidente esta falta de união, pois cada uma das forças policiais apresenta diagnósticos e números diferentes para um mesmo tipo de problema.
Entendemos que as ações conjuntas e planejadas são fundamentais para as operações policiais quando se busca uma maior eficiência do trabalho. Ao mesmo tempo, é preciso que os poderes constituídos cumpram as promessas de campanha, repassem recursos dos convênios e equipem melhor as polícias, para que os policiais tenham condições de sair às ruas para fazer segurança com eficiência, sem ter que se preocupar com falta de combustível ou manutenção das viaturas.
Até quando vamos ficar discutindo segurança, quando o que se busca nada mais é do que a redução da criminalidade e prevenção à violência? Se as forças policiais não trabalharem de forma conjunta e se os governantes não desenvolverem políticas públicas de segurança eficientes, mais uma vez vamos ficar reféns de projetos, que no papel encantam, mas que nunca se tornam realidade.
*O autor é presidente da CDL de Balneário Camboriú