Presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt. Foto: Caio Cezar/Divulgação

Por Bruno Breithaupt*

Nos últimos dias, algumas das principais cidades do Estado revivem um triste cenário registrado também em 2013. Aliás, em dois anos, Santa Catarina soma quatro períodos de atentados criminosos. Neste, que teve início no dia 25, já são mais de 60 ocorrências, segundo a Polícia Militar. O clima de insegurança impacta a população e também o comércio em um período que seria de aquecimento de vendas, por causa do Dia das Crianças.

Na Grande Florianópolis, com a redução dos horários de funcionamento do transporte coletivo, o movimento no comércio diminui drasticamente, tendo os empresários do setor que dispensar recursos extras para manter as portas abertas.

Em 2013, a capital foi a cidade que mais sofreu com os atentados, quando, segundo sondagem da Fecomércio SC, 81% dos empresários do comércio disseram ter adotado alternativas para enfrentar a insegurança, com novas jornadas de trabalho e formas de conduzir o funcionário com segurança no trajeto trabalho-casa. O custo extra é necessário para que o consumidor possa ter acesso aos produtos que procura, afinal, as demandas do dia a dia continuam.

Pelas sondagens dos últimos dias, a história se repete: a onda de violência está alcançando índices muito próximos aos de 2013. O cenário se torna ainda mais grave, por se tratar de um ano complicado para o setor, que ainda não registra um comportamento muito favorável de vendas.

Com a continuidade desses atentados, é possível ampliar o impacto para os setores de serviços e turismo, lembrando que outubro é o mês das festas típicas. Em um cenário mais pessimista – que não podemos fugir de considerar -, pode-se prever a redução da vinda de turistas e visitantes nas festas e temporada de verão. Assim, confiamos que o Estado cumpra seu papel de garantir a segurança para que consumidores, empresários e trabalhadores possam retomar suas rotinas.

*Bruno Breithaupt é presidente da Fecomércio SC

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Via: economiasc.com.br