08 jul 2014

Comitê da Fiesc avalia logística reversa no Estado

Coleta foi realizada pela Termotécnica em um depósito das Casas Bahia em Jundiaí. Foto: Divulgação

Coleta foi realizada pela Termotécnica em um depósito das Casas Bahia em Jundiaí. Foto: Divulgação

Jessica Melo

O Comitê de Logística Reversa da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) está realizando um estudo para avaliar quais empresas e regiões estão mais avançadas na logística no Estado. “Até meados do segundo semestre deve estar pronto”, garante o presidente, Albano Schmidt.

As iniciativas de empresas catarinenses para a logística reversa ainda são poucas. Pela logística reversa, os resíduos são de responsabilidade compartilhada entre fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo, conforme matéria especial publicada pelo Economia SC.

No dia da apuração da reportagem especial, haviam várias caixas de medicamentos armazenados em um depósito do aterro sanitário de Biguaçu. De acordo com a engenheira sanitarista Fernanda Vanhoni, da Proactiva Meio Ambiente Brasil Ltda, o material seria levado a outro aterro específico para resíduos perigosos, pois as empresas não querem receber o resíduo de volta.

No âmbito nacional, os materiais em que a logística funciona melhor são óleos e pilhas. No entanto, Schmidt afirma que o recolhimento de alguns materiais ainda é preocupante, como lâmpadas e produtos eletrônicos. A maior preocupação é das embalagens. “Papelão, plástico, metal, vidro, cada um tem um encaminhamento próprio”, explica Schmidt, presidente da empresa Termotécnica, de Joinville, e presidente do comitê.

Ele afirma que há empresas que fazem a logística no Estado e, em relação aos materiais de plástico e PET, a medida já está bem estruturada.

Para Schmidt, falta conscientização da população, dos órgãos que fazem a coleta de resíduos e do próprio Estado. “O cidadão tem que separar e dar para a coleta, então o Estado faz a coleta e encaminha para os locais adequados”, destaca. “É preciso vontade maior do órgão público para fazer essa coleta seletiva”, lamenta.

De acordo com ele, as entidades estão firmando acordos setoriais para esse processo. “A lei é de 2010 e desde então toda a sociedade está se mobilizando para fazer como fazer com vários produtos”.

A empresa Termotécnica, maior indústria transformadora de EPS da América Latina, por exemplo, já recicla o EPS (Poliestireno Expandido), conhecido como isopor, desde 2007, antes mesmo da lei. “Somos um caso à parte em todo o Brasil”, diz.

De acordo com Schmidt, a reciclagem do EPS é fácil e consome poucos recursos naturais. O presidente da Termotécnica também destaca que, no início, houve muita dificuldade para obter o material de volta. Ele reclama que, como o material é muito leve e ocupa muito espaço, as cooperativas não queriam fazer o recolhimento.

O programa da empresa possui uma rede de mais de 1.100 pontos de coletas e mais de 270 cooperativas que ajudam no processo. Além da Termotécnica, a empresa Santa Luzia, de Braço do Norte, no Sul do Estado, também faz reciclagem de isopor.

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Via: economiasc.com.br